sábado, 10 de novembro de 2012

CULTURA ROMANA





CULTURA ROMANA

 Aceita-se, geralmente, o ano de 753 (A.C.) como data da fundação de Roma, envolta na lenda dos dois irmãos, Rómulo e Remo, alimentados por uma loba. Após um período de monarquia, instituiu-se a República no ano 509 (A.C.), onde se destacava o Senado, como órgão de soberania. Cada classe, incluindo o povo, escolhia os seus representantes (os senadores). No Senado, discutiam-se e aprovavam-se as leis, analisava-se o estado das várias Províncias do Império e, quando havia perturbações em alguma parte, nomeava-se um cônsul com poderes extraordinários (ditatoriais) para resolver a situação, durante um período de seis meses. No século I A.C., Júlio César, um general e estadista invulgar, com grande apoio do povo, começou a retirar poderes do Senado e, por isso, foi assassinado por um grupo de senadores invejosos e despeitados. Os imperadores que se seguiram a Júlio César, a começar em Octávio, adquiriram o título de Augusto, reservado aos deuses.

Quando os romanos conquistaram a Grécia, no século 11 A.C., ficaram espantados com o desenvolvimento grego e importaram para Roma não só o espólio da vitória como também vários aspetos da cultura grega, sobretudo a arte, a filosofia e a religião. Dotados de espírito dominador construíram um grande Império que rodeava o Mediterrâneo (o “mare nostrum") e se estendia desde a Península Ibérica até ao Egito, e que se manteve mais ou menos unido, durante cinco séculos. Um dos fatores que contribuiu muito para que o Império romano se mantivesse unido e imenso, durante tantos séculos, foi o respeito pelos chefes e tradições dos locais que conquistavam.

 Os romanos incrementaram o desenvolvimento do Império em vários aspetos. As vias romanas ligavam as grandes cidades do Império, desde a Península Ibérica até ao Médio Oriente, daí a expressão, «todos os caminhos vão dar a Roma». É fácil avaliar a importância destas vias para o intercâmbio comercial e cultural. Além disso, através delas, os exércitos romanos acudiam prontamente a qualquer revolta numa Província. Por elas seguia a comitiva do cônsul nomeado pelo Senado e dotado de poderes extraordinários, (válidos durante seis meses) para restabelecer a paz. A organização política e administrativa e o direito dos cidadãos estavam regulamentados em sábia legislação, desenvolvida pelos tribunos, e tão bem elaborada que, ainda hoje, há muitas normas em vigor em várias nações ocidentais, derivadas do “jus romanum”.

A Língua latina foi, sem dúvida, um dos campos onde a romanização se fez sentir de modo mais duradouro. O português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno têm uma dependência do latim incomparavelmente maior do que das línguas autóctones ou de qualquer outra de povos invasores. São as línguas latinas.

Sem comentários:

Enviar um comentário