sábado, 10 de novembro de 2012

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL








A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 

A Inglaterra foi o palco das maiores transformações nos meios de produção, a partir de meados do século XVIII. Tudo começara com as trocas comerciais com as colónias inglesas, já no século anterior. As matérias-primas eram submetidas a transformações em unidades industriais situadas junto dos grandes rios, para aproveitar a força motriz da água. A revolução industrial alargou-se à França, à Alemanha, aos EUA e ao Japão, ainda no século XIX. Portugal conheceu alguma industrialização junto das principais cidades, em boa parte por influência dos ingleses que por cá tinham ficado, após as invasões francesas no início do século XIX.

Com a descoberta da máquina a vapor, em 1777, a indústria libertou-se e expandiu-se de modo imparável. Construíram-se grandes fábricas nos arredores das cidades que atraíam multidões de operários, muitos deles vindos dos campos, onde a agricultura mal oferecia a subsistência. O carvão, combustível tradicional, começou a ter uma grande procura, o que levou à sua exploração mineira.

Em 1859, descobriu-se na Pensilvânia (EUA), um líquido espesso que ardia facilmente - era o petróleo. A pouco e pouco, este combustível fóssil tornou-se a principal fonte de energia industrial até aos nossos dias. A partir de então, é costume falar-se da 2ª revolução industrial com grandes unidades industriais siderúrgicas a produzirem ferro e aço para responderam às exigências dos meios de transportes barcos de grande calado e comboios com uma rede de caminhos de ferro a ligar rapidamente, cidades distantes. Novas descobertas científicas, como a da eletricidade, impulsionaram mais e mais o desenvolvimento que não diminuiu, mesmo em épocas de crise económica, como a da grande recessão e nas duas guerras mundiais do século XX.

 

A ideologia dominante da Revolução industrial era o liberalismo, na fidelidade ao ideário francês. O burguês, dono da fábrica, propunha aos operários, livremente um horário de trabalho (por vezes de mais de 15 horas diárias) com salário magro oferecido livremente. Se o operário aceitasse as condições que lhe eram oferecidas não se beliscava o ideal de liberdade da Revolução. Foi sempre fácil aos poderosos inventar sofismas para justificar seja o que for.

 

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