CULTURA ROMANA
Aceita-se,
geralmente, o ano de 753 (A.C.) como data da fundação de Roma, envolta na lenda
dos dois irmãos, Rómulo e Remo, alimentados por uma loba. Após um período de
monarquia, instituiu-se a República no ano 509 (A.C.), onde se destacava o
Senado, como órgão de soberania. Cada classe, incluindo o povo, escolhia os
seus representantes (os senadores). No Senado, discutiam-se e aprovavam-se as
leis, analisava-se o estado das várias Províncias do Império e, quando havia
perturbações em alguma parte, nomeava-se um cônsul com poderes extraordinários
(ditatoriais) para resolver a situação, durante um período de seis meses. No
século I A.C., Júlio César, um general e estadista invulgar, com grande apoio
do povo, começou a retirar poderes do Senado e, por isso, foi assassinado por
um grupo de senadores invejosos e despeitados. Os imperadores que se seguiram a
Júlio César, a começar em Octávio, adquiriram o título de Augusto, reservado
aos deuses.
Quando os
romanos conquistaram a Grécia, no século 11 A.C., ficaram espantados com o
desenvolvimento grego e importaram para Roma não só o espólio da vitória como
também vários aspetos da cultura grega, sobretudo a arte, a filosofia e a
religião. Dotados de espírito dominador construíram um grande Império que
rodeava o Mediterrâneo (o “mare nostrum") e se estendia desde a Península
Ibérica até ao Egito, e que se manteve mais ou menos unido, durante cinco
séculos. Um dos fatores que contribuiu muito para que o Império romano se
mantivesse unido e imenso, durante tantos séculos, foi o respeito pelos chefes
e tradições dos locais que conquistavam.
Os romanos
incrementaram o desenvolvimento do Império em vários aspetos. As vias romanas
ligavam as grandes cidades do Império, desde a Península Ibérica até ao Médio
Oriente, daí a expressão, «todos os caminhos vão dar a Roma». É fácil avaliar a
importância destas vias para o intercâmbio comercial e cultural. Além disso,
através delas, os exércitos romanos acudiam prontamente a qualquer revolta numa
Província. Por elas seguia a comitiva do cônsul nomeado pelo Senado e dotado de
poderes extraordinários, (válidos durante seis meses) para restabelecer a paz.
A organização política e administrativa e o direito dos cidadãos estavam
regulamentados em sábia legislação, desenvolvida pelos tribunos, e tão bem
elaborada que, ainda hoje, há muitas normas em vigor em várias nações
ocidentais, derivadas do “jus romanum”.
A Língua latina
foi, sem dúvida, um dos campos onde a romanização se fez sentir de modo mais
duradouro. O português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno têm uma
dependência do latim incomparavelmente maior do que das línguas autóctones ou
de qualquer outra de povos invasores. São as línguas latinas.
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